sábado, 18 de julho de 2015

Adriana é medalha de prata


18|07|2015 - 10:56 | Da Assessoria de Imprensa da CBAt
São Paulo - Apesar das dores no músculo posterior da coxa direita e os pés um pouco machucados, nada tirou a alegria da paulista Adriana Aparecida da Silva na manhã deste sábado (dia 18). Ela deu ao Atletismo do Brasil, em sua estreia nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, a medalha de prata ao completar a maratona em 2:35:40. A outra brasileira da prova, Marily dos Santos, foi a quinta colocada, com 2:41:31.

Campeã em Guadalajara, em 2011, ela comemorou muito o vice-campeonato e o segundo pódio do PAN. "Sabia que teria adversárias fortes e que o percurso seria duríssimo. Corri dentro da estratégia traçada de manter o meu ritmo e deu certo", lembrou a atleta nascida na cidade de Cruzeiro, no dia 22 de julho de 1981. "Este é o tipo de prova que tem de se correr com a cabeça para não ficar fora", observou.

A prova foi disputada num circuito de 10 km, em quatro voltas, mais um percurso complementar feito na largada, dada às 07:05 no horário local, na bonita área do Ontário Place Weste Channel. Com umidade relativa do ar em torno de 90% e uma temperatura que alcançou os 24 graus, com sol, o circuito teve parte dentro de um parque, com cerca de 2 km de subida. "Acho que o pessoal se assustou um pouco com o percurso e a prova começou com um ritmo muito fraco, mas foi crescendo, especialmente a partir do km 22", lembrou Adriana, que melhorou do oitavo para o segundo lugar em seu ritmo.

Além do percurso, a brasileira sabia que teria de enfrentar duas peruanas fortes: Gladys Tejeda e Inés Melchor. Gladys confirmou o favoritismo e venceu os 42,195 km, com o tempo de 2:33:03, novo recorde do Pan-Americano. Adriana também correu abaixo da marca de 2:36:37, que era dela desde Guadalajara. Já Inés abandonou a prova. A medalha de bronze foi para a norte-americana Lindsay Flanagan, com 2:36:30.

A maratona contou com 17 corredoras inscritas e apenas 11 conseguiram completar a distância.

Felicidade - Adriana, que ainda disputará a maratona do Mundial Militar em outubro, na Coreia do Sul, ratificou o índice para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Ela fez questão de agradecer a todos a que a apoiaram e especialmente ao técnico Cláudio Roberto de Castilho. "Temos uma parceria de 10 anos com ele. Às vezes, ele acredita mais em mim do que eu mesma e isso me dá muita força", comentou, já com a medalha no pescoço.

O primeiro abraço de Adriana após completar a prova foi dado em Cláudio. "Ela é uma atleta esforçada, que gosta de percursos variados, como o daqui. Fez uma boa preparação, em especial no período em que ficou em Paipa, na Colômbia, treinando a 3.200 m de altitude em relação ao nível do mar", disse.

Para 2016, Cláudio pretende levar Adriana para fazer um estágio nos Estados Unidos, onde participará de provas mais curtas. A expectativa é fazer uma maratona em fevereiro, no Japão, ou em março, na Europa, e depois focar tudo na Olimpíada. "Ela vai buscar melhorar o recorde pessoal de 2:29:77 no Rio", completou.

O Brasil participará do torneio de Atletismo do PAN com uma equipe de 80 atletas.

Mais informações sobre o torneio de Atletismo pelo endereço:

http://results.toronto2015.org/IRS/en/athletics/schedule-and-results.htm

Luta olímpica consegue resultado histórico nos Jogos Pan-Americanos

ara Falcão – Correspondente da Agência Brasil/EBC
Joice Silva entrou para a história do esporte brasileiro ao vencer a cubana Yakelin Estornell e ganhar a primeira medalha de ouro da luta olímpica. Mais cedo, Davi Albino ganhou o bronzeFoto divulgação/Comitê Olímpico Brasileiro


Os atletas da luta olímpica brasileira têm o que comemorar em Toronto, no Canadá. Em três dias de competição, o grupo já trouxe para a modalidade três medalhas, uma de ouro e duas de bronze. O resultado é inédito. Pela primeira vez, os brasileiros conquistam uma medalha de ouro na modalidade em Jogos Pan-americanos.

A autora da façanha é Joice Silva, na categoria até 58 quilos. Ela tinha sido medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara em 2011. Em Toronto, veio atrás do ouro. E conseguiu. “A luta é o que eu tenho, o meu ciclo de amizades, os meus amigos, o meu trabalho. Já me trouxe até aqui”
A luta foi na quinta-feira (16), no ginásio Mississauga Sports Center. Joice começou perdendo, mas a vitória aconteceu de virada, a poucos instantes do fim da luta contra a cubana Yakelin Estornell. Para Joice, um momento emocionante. “Ali foi não abandonar a fé, o tempo todo lutar acreditando que é possível, e vai atrás de mais um ponto, e depois de outro ponto, e foi assim, acreditando que dava, sem ter dúvida e correr atrás do objetivo”.
Davi Albino conseguiu também se destacar na competição. Ele foi o único brasileiro a disputar no estilo greco-romano. Também na quinta-feira, depois de perder para o cubano Yasmani Lugo, disputou o bronze com o colombiano Oscar Loango e conquistou a medalha.
Ontem, 17, a vice-campeã mundial de luta olímpica, na categoria até 75 quilos, Aline Silva, perdeu a chance de ficar com o ouro ao ser derrotada nas quartas de final pela norte-americana Adeline Gray. Mas não dispensou o bronze, alcançado com a vitória sobre a porto-riquenha Ana Gonzalez.
Neste sábado, 18, lutam Pedro Rocha, na categoria até 74 quilos e Hugo Cunha, na classe até 125 quilos.
O Brasil terminou a sexta-feira com um total de 73 medalhas. Foram 13 conquistadas ao longo do dia. Quatro foram de ouro: duas no tiro, com Julio Almeida, na prova 50 metros com pistola e Cesar Cássio Rippel, nos 50 m com rifle tendido; e duas na natação, com Felipe França, nos 100 metros nado peito, e Etiene Medeiros, nos 100 metros costas feminino. As pratas foram conquistadas pela natação e os bronzes vieram da equipe de tiro com Arco, da natação, do ciclismo, além da luta olimpica com Aline Silva.
Confira o quadro de medalhas do Pan aqui.

Edição: Aécio Amado